Por: Marcos Antonio Araújo
No dia 1º de maio, milhares de trabalhadores do mundo inteiro aproveitam a ocasião para celebrar a data que tem um histórico importante na conquista e preservação dos direitos dos trabalhadores. Esse dia não é somente um feriado festivo, mas um dia para o equilíbrio entre capital, trabalho e a preservação de direitos já conquistados.
Um dia após esta emblemática data, morria, há 20 anos, Paulo Freire – o educador que indicava para um modelo educacional de emancipação do educando. O trabalho e Paulo Freire não são apenas vizinhos de datas, mas também de práticas que podem ser desenvolvidas em sala de aula. Por que na sala de aula? Porquê é nela que desenvolvemos o cidadão e o trabalhador de amanhã. Neste sentido, a escola deve estar preparada não somente para as exigências do mercado de trabalho, mas também conectada com as vontades e os anseios de uma futura classe trabalhadora.
Vimos no Brasil, atualmente, um cenário onde direitos trabalhistas podem ser implodidos, por interesses do patronato. Neste cenário, a escola tem uma oportunidade ímpar de estabelecer um diálogo com toda a Comunidade Escolar, fazendo com que o tema trabalho não esteja somente direcionado pelos professores de humanas.
O diálogo entre a Comunidade Escolar deve ser realizado permanentemente e não somente quando o assunto seja referente às questões de trabalho, mas todo assunto a que se dirija à cidadania. Não realizando esse relevante papel, vamos fazer o que tanto Paulo Freire enfatizava: “Quando o trabalhador cresce na sociedade e tem a oportunidade de ser protagonista da História, ele pratica o método do opressor, porquê foi o único método que ele aprendeu; então ele só sabe agir como o opressor”.